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Tarso descarta erro da PF na apreensão de dados da Abin

Ministro da Justiça garantiu que os documentos só serão abertos na presença de representantes da agência

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Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta terça-feira, 11, que os documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apreendidos pela Polícia Federal (PF) estão lacrados e só serão abertos na presença de representantes da Abin. Tarso contou que deu essa garantia ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, a quem a Abin é subordinada, que o procurou preocupado com o material apreendido. Segundo o ministro, o general Félix argumentou que poderiam estar nas mãos da PF documentos que não são relacionados com o inquérito sobre a Operação Satiagraha e que precisam do sigilo preservado. Veja também: Especial explica a Operação Satiagraha Multimídia: As prisões de Daniel Dantas Daniel Dantas, pivô da maior disputa societária do Brasil O ministro descartou erro da PF na apreensão e disse que os agentes cumpriram mandado judicial. "Estamos dando garantia ao ministro Félix de que não haverá perigo de serem abertos documentos com informações que tenham de ser reservadas", disse Tarso, ao deixar o gabinete do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com quem se reuniu hoje para, segundo ele, tratar de projetos que o ministério tem interesse que sejam votados até o final do ano. Tarso Genro evitou comentar a revelação publicada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo de que agentes da Abin que trabalharam na Operação Satiagraha teriam usado senhas restritas a policiais federais para entrar no Sistema Guardião, a máquina de grampos da PF. O ministro da Justiça disse apenas que o fato é objeto de apuração. Tarso afirmou que a investigação da corregedoria da PF sobre irregularidades na operação comandada pelo delegado Protógenes Queiroz não sufocou as investigações contra o banqueiro Daniel Dantas, alvo da Satiagraha. Segundo Tarso, o primeiro inquérito envolvendo Dantas já está na Justiça e um segundo deve ser enviado em breve. "O trabalho está finalizado", afirmou o ministro. "Não há protecionismo nem para os agentes nem para o objeto dos inquéritos."

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