PUBLICIDADE

Tanure compra dívidas da Gazeta Mercantil com o Bank of America

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O empresário Nelson Tanure, controlador do Jornal do Brasil, comprou os ?direitos creditórios? que o Bank of America tem contra o jornal Gazeta Mercantil. A operação foi fechada no início desta semana, segundo confirmou ao Estado uma fonte que acompanhou de perto a operação e pode resultar na compra do controle acionário da empresa. É que as garantias dos créditos, além de aval dos sócios da Gazeta, são as ações de controle do jornal de economia. Se a dívida não for paga, Tanure poderá executar as garantias, tornando-se dono do jornal. A mesma fonte informou que o principal objetivo de Tanure é fazer uma operação financeira e não exatamente assumir o controle do jornal. Essa estratégia, inclusive, foi utilizada pelo empresário há dois anos quando comprou direitos que a família Paula Machado tinha no Banco Boavista, quando o banco estava sendo negociado para o Bradesco. Para concluir a operação, os então controladores do Boavista (Monteiro Aranha, Credit Agricole e grupo Espírito Santo) ? que compraram o Boavista dos Paula Machado ? tiveram de fazer um acordo bastante favorável a Tanure. A situação atual seria semelhante, com a perspectiva de o dono da Gazeta Mercantil, Luiz Fernando Levy, conseguir um sócio para o jornal, após a permissão para que grupos estrangeiros participem de empresas de comunicação no Brasil. Tanure, que acaba de fazer um acordo operacional com o grupo O Dia, do Rio, já manteve negociações visando ter participações acionárias na Gazeta Mercantil no início deste ano. Conforme informações divulgadas na época, o empresário teria aportado cerca de US$ 2,5 milhões para a Gazeta Mercantil. As negociações foram interrompidas, mas Tanure não recebeu integralmente o dinheiro que adiantou ao empresário Luiz Fernando Levy. Tanto a operação do início do ano quanto a compra dos direitos creditórios do Bank of America foram realizadas através da Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), que arrendou a marca Jornal do Brasil por 60 anos. No acordo concluído com O Dia, os dois veículos passam a ter a mesma infra-estrutura de comercialização e administrativa, mas mantêm a autonomia editorial. Há dois anos o JB é impresso nas oficinas de O Dia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.