Suspensão do Twitter de Jaques Wagner causa protesto

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Por Tiago Décimo
Atualização:

A ação movida pela Procuradoria Regional Eleitoral da Bahia (PRE-BA) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), que pediu a suspensão por 24 horas da página da assessoria de imprensa do governador baiano, Jaques Wagner (PT), no Twitter, originou um movimento contra a censura no site de relacionamento. Até o início da noite de hoje, mais de 200 mensagens contrárias à ação tinham sido encaminhadas ao endereço eletrônico, todas com a tag "#defendoJaquesWagner". O autor do movimento foi o produtor cultural gaúcho Everton Rodrigues, consultor em tecnologia e integrante do Projeto Software Livre Brasil. Em sua página no Twitter, Rodrigues postou, na noite de ontem, a mensagem "Será que a justiça eleitoral quer novamente os coronéis na Bahia? Por que o governador não pode se comunicar?", que desencadeou uma série de respostas de outras pessoas com perfil no site.Na maioria dos casos, as declarações alegavam que a intervenção da Justiça no site configuraria censura e lembravam que o autor da representação contra a página, o PMDB baiano, e seu líder, o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima - pré-candidato ao governo baiano -, também têm perfis no Twitter. Procurado pela reportagem, Rodrigues não retornou.O PRE-BA acolheu parcialmente a representação feita pelo PMDB baiano por considerar que a página do governador tem "nítidos objetivos eleitorais", como descreve, na pronúncia, o procurador Sidney Pessoa Madruga. A propaganda eleitoral só é permitida a partir de 5 de julho, pela Lei 9.504/97. O PMDB chegou a pedir a suspensão definitiva do perfil, mas a procuradoria indeferiu a requisição.

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