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Suspeita de compra de votos dá força ao PT em Franco da Rocha

Nome do partido para 2012, Kiko Celeguim lembra escândalo que se originou com assassinato de vereador em 2008

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Por Redação
Atualização:

Desde 1996 fora da prefeitura, o PT vê crescer suas chances de voltar ao governo em Franco da Rocha. Apoiado em denúncias de compra de voto que pairam sobre o prefeito Marcio Ccchettini (PSDB), sobre o vice, os secretários e os vereadores de sua gestão; o candidato Francisco Daniel Celeguim, o Kiko, aposta na mudança de cenário político e no apoio de Lula para se consagrar vitorioso.

 

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Filho do ex-prefeito petista da cidade Mário Maurici de Lima Morais, Kiko disputou em 2008 a administração da cidade com o atual prefeito e perdeu. Mas aposta que, com a queda de popularidade de Cecchettini de 60% para 20%, fique mais fácil trazer a prefeitura de volta ao partido.

 

Durante a disputa de 2008, uma pesquisa interna do PT mostrava que Kiko tinha cerca de 1% das intenções de voto. No final da eleição, o percentual subiu para 30% o que, para ele, mostra uma força eleitoral. Além desse aumento, ele cita ações políticas para agrupar lideranças e o escândalo envolvendo a atual administração como elementos que dão força à sua candidatura. "Por conta disso, temos hoje uns oito ou nove partidos conosco. Nós não temos divisão interna", afirma ele, relacionando no rol de aliança petista partidos como o PMDB, o PCdoB, o PR, PSB, PPS, o PTdoB e o PTC. O candidato do atual governo deve ser o atual vice, José Antônio Pariz Júnior (PSDB), conhecido também como Pinduca.

 

Compra de votos. A acusação de compra de votos que paira sobre o prefeito Marcio Ccchettini (PSDB), o vice José Antônio Pariz Júnior (PSDB), três secretários e dez vereadores é o principal argumento que o partido tem para usar na cidade. A suspeita surgiu após o assassinato do vereador Carlos Aparecido da Silva, no final de 2008. Passado o crime, surgiram denúncias de um esquema de compra de votos entre prefeitura e Câmara Municipal que teriam relação com o crime. O MP abriu uma investigação e, em junho de 2009, conseguiu uma liminar de busca e apreensão dentro da prefeitura.

 

Nessa ação, segundo Kiko, foram encontrados na gaveta do secretário de Assuntos Jurídicos R$ 70 mil reais em espécie sem explicação de origem. Mais R$ 10 mil foram apreendidos em cheque de fornecedor da prefeitura, com o secretário de governo. "Não era cheque em nome da prefeitura, era cheque ao portador", pontua.

 

A Justiça acatou a denúncia, mas não afastou os envolvidos. "O promotor podia ter dado voz de prisão. A sala dos dois secretários onde foi pego isso aí (o dinheiro) tem acesso direto ao gabinete do prefeito", afirma.

 

Fator Lula. Outra carta na manga de Kiko é a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente porque em Franco da Rocha não há campanha na TV. O comício, segundo Kiko, não leva em conta o tamanho da capital. “Um comício do Lula numa cidade do tamanho de Franco da Rocha é significativo", relata. "Na capital é mais importante ele estar na televisão do que ficar fazendo comício", completa.

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Kiko vê ainda como simbólica a provável presença de Lula em ao menos um comício na cidade. "Nós nunca tivemos na história da cidade um ex-presidente pisando no solo da cidade", diz. "É isso que está sendo discutido no Estado. Fazer uma agenda do presidente para que ele possa fazer um enfrentamento nas cidades médias e pequenas do entorno de São Paulo e do interior também", acrescenta.

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