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SUS vai pagar mais por pacientes com dengue

Por Agencia Estado
Atualização:

A partir do dia 1º de março, o custo da internação de pacientes portadores de dengue feitas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) terá um aumento de 60% enquanto durar a epidemia. A portaria do Ministério da Saúde, que será publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial, vai valer para todo o País. Somente nos primeiros dois meses do ano, o governo federal gastou em torno de R$ 4,2 milhões, além dos repasses normais, para combater a doença em vários Estados e municípios. A portaria do Ministério da Saúde trará outros dois procedimentos que atenderão exclusivamente o Rio de Janeiro, em função do descontrole e avanço da epidemia no Estado. Mais recursos para o Rio O primeiro procedimento será a utilização de recursos do Fundo de Ações Estratégicas e de Compensação (Faec) como complementação das verbas federais para o combate à dengue. ?Além do dinheiro normal que recebem, os municípios do Rio ainda terão, pelo período em que durar a epidemia, outros recursos do Fundo?, afirma o subsecretário de Assistência à Saúde, João Gabbardo dos Reis. Segundo ele, as parcelas serão determinadas pelo volume de pacientes de cada local. A segunda medida também beneficiará municípios do Rio com excesso de pacientes com dengue. O governo deverá custear o funcionamento dos postos e centros de saúde que se mantiverem abertos aos sábados e domingos para atender casos da doença. A medida, que também será pelo período em que prevalecer a epidemia, vai direcionar recursos para pagamento de médicos, enfermeiros e atendentes. Extensão a outros Estados Segundo Reis, os dois itens que hoje são exclusivos do Rio de Janeiro poderão ser estendidos a outros Estados, dependendo do agravamento dos casos de dengue. ?Havendo necessidade, iremos fazer isso de imediato, estudando caso por caso?, diz o subsecretário. O Ministério da Saúde ainda não tem a relação dos primeiros beneficiados com a portaria. Em dois meses, o governo repassou R$ 4,2 milhões para internações em todo o País, cabendo a maior parcela ao Rio de Janeiro, onde o problema, segundo admite Reis, é mais grave. ?Nós estamos centralizando nossas ações neste Estado justamente pela situação crítica?, observa o subsecretário.

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