12 de abril de 2017 | 00h39
BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou “absolutamente surpreso” quando foi informado na tarde desta terça-feira, 11, sobre a divulgação de seus despachos com exclusividade pelo Grupo Estado.
Fachin fazia uma viagem de carro, numa região de difícil comunicação, no interior de Santa Catarina, enquanto Brasília sofria os abalos provocados pela divulgação de suas decisões e o teor da delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Quem lhe avisou a notícia foi a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que também estava a milhares de quilômetros de Brasília - Cármen embarcava rumo ao Brasil, um dia depois de participar de palestra no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington. A presidente do STF chega à capital federal nesta quarta-feira, 12.
A expectativa dentro do tribunal era de que só depois da Páscoa fossem tornados públicos os inquéritos instaurados pelo relator da Lava Jato no STF. Após conversar com Cármen, Fachin decidiu antecipar a divulgação à imprensa da íntegra dos seus despachos.
Peregrinação. Logo depois da publicação da lista, houve uma peregrinação de advogados ao edifício-sede da Corte.
Já munidos de pendrives, cinco advogados estiveram no tribunal para ter acesso aos autos dos processos que investigam seus clientes - e conseguiram.
Uma edição extra do Diário da Justiça foi publicada nesta noite com as decisões de Fachin.
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