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Supremo mantém prisão dos detidos na Operação Sanguessuga

A presidente Ellen Grace revogou a decisão do TRF que ontem determinou a liberação de todos os presos

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Por Agencia Estado
Atualização:

A pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie Northfleet, restabeleceu hoje todas as prisões decretadas pela 2ª. Vara Federal do Mato Grosso na Operação Sanguessuga. A operação investiga suspeitas de fraudes na compra de ambulâncias. Na terça-feira, uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª. Região havia determinado a soltura dos presos e a remessa de todos os inquéritos da Sanguessuga para o STF sob o argumento de que há suspeitas de envolvimento de congressistas nas irregularidades. Parlamentares têm o direito de ser investigados pelo Supremo. Em um despacho de duas páginas, Ellen Gracie observou que já tramitam no STF reclamações com o objetivo de garantir a transferência para o Supremo dos inquéritos da Sanguessuga. "Nenhum outro órgão judiciário que a própria Suprema Corte está autorizado pelo sistema constitucional a impor tal manifestação", afirmou a ministra. Ela também citou decisão recente do ministro do STF Marco Aurélio Mello segundo a qual as investigações conduzidas até agora estão em fase de suma importância e as prisões representam garantia da realização de depoimentos e de atos de apreensão. Operação A Polícia Federal prendeu, na chamada Operação Sanguessuga 46 pessoas suspeitas de envolvimento na fraude, que já teria movimentado R$ 110 milhões. Entre os presos estavam dois deputados, assessores de parlamentares, empresários e uma funcionária do Ministério da Saúde. De acordo com a PF, o esquema funcionava desde 2001 e consistia na oferta, por parte da empresa Planam, do Mato Grosso do Sul, de ambulâncias para as prefeituras de todo o País e empresas não-governamentais que recebem ajuda do governo. As compras eram feitas por meio de licitações irregulares, a valores superfaturados. Grampos telefônicos realizados pela PF e pelo Ministério Público Federal em Cuiabá revelaram a ligação entre parlamentares e integrantes da quadrilha. N.R.: Este texto foi alterado às 15h09 para o acréscimo de informações

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