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Supremo manda ao STJ informação sobre nova delação envolvendo Sérgio Cabral

Desde março do ano passado, o político é alvo de inquérito no STJ ao lado do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e de Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio na gestão de Cabral

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Foto do author Beatriz Bulla
Por Beatriz Bulla e Gustavo Aguiar
Atualização:

Brasília - O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para encaminhar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) informações prestadas em delação premiada que podem interferir na investigação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Desde março do ano passado, o político é alvo de inquérito no STJ ao lado do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e de Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio na gestão de Cabral.

Apesar de as informações terem sido prestadas em delação premiada colhida no âmbito da Operação Lava Jato, os apontamentos do delator são referentes à esfera eleitoral e, por isso, não foram analisadas pelo relator da Lava Jato no Tribunal, ministro Teori Zavascki. Ainda é mantido sob sigilo no STF e na PGR a delação que originou o envio da manifestação da PGR feita a Celso de Mello.

Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão Foto: Marcos Arcoverde|Estadão

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O caso foi encaminhado ao gabinete do ministro Celso de Mello, que conduz inquérito sobre o ministro Aloizio Mercadante (Educação) e sobre o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), por supostos crimes eleitorais. A investigação original teve como base a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa.

No mesmo despacho, Celso de Mello autorizou a inclusão das informações prestadas por delator no inquérito relativo a Mercadante e Aloysio Nunes.

O ministro do STF também autorizou, conforme pedido da PGR, o encaminhamento de informações a outros foros competentes, como a Justiça Eleitoral de São Paulo para analisar dados sobre a campanha de Fernando Haddad.

O decano do Tribunal autorizou ainda o envio de cópia das informações para a 13ª Vara Federal de Curitiba, que conduz a Lava Jato na primeira instância, para adoção de "providências" em relação ao ex-senador Hélio Costa e o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, que já foi condenado no julgamento do mensalão.