Supremo julgará pedido de prisão feito contra Palocci

A pena pedida pelo MPE para Palocci e outros nove envolvidos é de 225 anos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar o pedido de prisão do ex-ministro da Fazenda e deputado federal eleito, Antonio Palocci (PT) feito pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE), pelos crimes de peculato, falsificação de documentos e formação de quadrilha no contrato de limpeza urbana em Ribeirão Preto (SP), entre 2001 e 2002. De acordo com informações do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado de São Paulo, o pedido de prisão será enviado pelo juiz da 4ª Vara Criminal da cidade paulista Lúcio Alberto Enéas Ferreira da Silva ao STF pelo fato de Palocci ter foro privilegiado após a eleição. O TJ informou que irá divulgar uma nota sobre o assunto na tarde desta terça-feira, mas adiantou que o STF deve desmembrar o processo para que os outros pedidos de prisão de acusados sem o foro privilegiado sejam julgados pelo juiz em Ribeirão Preto. A pena pedida pelo MPE para Palocci e outros nove envolvidos nas acusações é de 225 anos de prisão. De acordo com o promotor Aroldo Costa Filho, no inquérito foram apontados 48 crimes de peculato, 48 por falsificação de documentos e um por formação de quadrilha. Pelas investigações da Polícia Civil de Ribeirão Preto, que geraram o inquérito e os pedidos de prisão, Palocci teria coordenado o esquema de fraude que teria desviado R$ 30,7 milhões dos cofres públicos. O esquema envolveria superfaturamento e fraude nos serviços de varrição realizados pela Leão Ambiental, do Grupo Leão Leão. O dinheiro pago a mais pela prefeitura era justificado por meio de notas fiscais falsas obtidas com a Comercial Luizinho e, de acordo com as investigações, iam para os envolvidos no esquema. Os acusados Além de Palocci, foram pedidas as prisões de: Gilberto Maggioni (PT), sucessor de Palocci entre 2003-2004 na prefeitura; Isabel de Fátima Bordini, ex-superintendente do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp); de Donizeti de Carvalho Rosa, ex-secretário de Governo e ex-superintendente do Serviço de Processamento de Dados da Caixa Econômica Federal (Serpro); Nelson Collela Filho, ex-chefe da Casa Civil no governo Maggioni; Luciana Alecrim, ex-assistente direta de Isabel Bordini; Luiz Cláudio Ferreira Leão, ex-presidente do Grupo Leão Leão e Carlos Alberto Leão, presidente da Leão Engenharia; Wilney Barquete, ex-presidente da Leão Ambiental; Luiz Carlos Altimari, proprietário da Comercial Luizinho. Para Altimari, foram pedidos 5.260 anos de prisão por 1.315 crimes, de acordo com o promotor.

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