O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse que pediu investigação sobre a utilização de barganhas por parte do governo para convencer senadores resistentes a votarem pela prorrogação da CPMF. O presidente interino falou especificamente do caso do senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC), que se disse vítima de assédio por parte de um funcionário do Palácio do Planalto, que teria lhe oferecido a liberação de emendas ao Orçamento em troca do voto favorável a esse tributo. " Determinei ao corregedor, senador Romeu Tuma (PTB-SP), que não deixe qualquer dúvida sobre esse assunto. Ele já procurou o senador citado no suposto assédio moral e já está tratando disso, com absoluta isenção e imparcialidade, procurando todo o esclarecimento necessário para assegurar que a Casa trabalhe com inteira liberdade, com inteira condição de tomar a decisão concernente à CPMF isenta de pressões externas. Sobre a hipótese de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocar o Congresso para votar a CPMF no recesso, conforme informou o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), Tião desconsiderou essa necessidade. "Não sei se há necessidade de convocação. A minha impressão é a de que não há. Continuo insistindo que, nesse exercício legislativo, é possível votar a CPMF".