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Suplicy vai ao STF em defesa de Cesare Battisti

Senador diz estar convencido de que os atos de Battisti buscavam 'subverter a ordem do Estado italiano'

Por Gustavo Uribe
Atualização:

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) entregou nesta quarta-feira, 11, ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma série de documentos, entre eles uma carta da escritora italiana Fred Vargas, que, segundo o petista, "inocentariam o (ex-guerrilheiro Cesare)  Battisti das acusações de assassinato que levaram à sua condenação na Itália". O petista também afirmou que os documentos provam que, nos julgamentos em que foi réu, Battisti não teve o direito à defesa e foi submetido a um processo jurídico "pouco democrático".   Veja também: Tarso diz acreditar que STF não revogará refúgio dado a Battisti UE pede que Brasil extradite Cesare Battisti à Itália TV Estadão: Ideologia não influenciou concessão de refúgio, diz Tarso  Abaixo-assinado a favor do refúgio a Battisti Especialista diz que decisão de Tarso foi 'política' Leia tudo o que já foi publicado sobre o caso  O senador afirmou que Battisti demonstrou disposição para prestar depoimento ao STF durante o julgamento, para defender sua inocência e expor, com detalhes, os fatos ocorridos no final dos anos 1970 na Itália. "Perguntei ao ministro Cezar Peluso se é possível o Battisti comparecer ao Tribunal para relatar os supostos crimes de que foi acusado", afirmou Suplicy. "Ele me respondeu que os ministros irão ponderar a respeito." Suplicy disse que Battisti está escrevendo uma carta, na prisão, em que conta sua versão. "A carta será entregue nos próximos dias ao STF, por meio de seu advogado Luiz Eduardo Greenhalgh", destacou. O senador petista frisou que se interessou pelo caso Battisti depois que discutiu a situação do italiano com a sua amiga e escritora Fred Vargas. Suplicy disse estar convencido de que, mesmo que não tenha participado dos crimes pelos quais foi condenado, os atos de Battisti, principalmente no fim dos anos 70, buscavam "subverter a ordem do Estado italiano", e que, exatamente por isso, devem ser considerados como atos tipicamente de cunho político.

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