Suplicy se encontra com juíza que proibiu visitas a Lula

Após a reunião em Curitiba, vereador de São Paulo disse que vai recorrer ao TRF e ao STF para garantir que Lula receba amigos

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Por Daniel Weterman
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SÃO PAULO - Depois de ir ao prédio da Polícia Federal para tentar visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) se encontrou nesta quinta-feira, 26, com a juíza da 12ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, que já barrou uma série de aliados que pediram autorização para visitar o ex-presidente na sala especial onde está preso.

Se o Tribunal Regional Federal da 4ª Regiãonegar o recurso, observou Suplicy, a esperança está no Supremo Tribunal Federal. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Sem marcar horário, Suplicy foi ao prédio da Justiça Federal, na capital paranaense, e foi atendido por Carolina. Na sequência, em entrevista à imprensa, o parlamentar afirmou que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, e depois ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que Lula receba visita de amigos.

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Conforme relato de Suplicy, a magistrada alegou que o indeferimento às visitas está fundamentado em regras da Polícia Federal, responsável pela custódia de Lula. O petista e outros aliados evocam as chamadas "Regras de Mandela", da Organização das Nações Unidas (ONU), para alegar que visitas de amigos e médicos são garantidas a pessoas que cumprem penas no sistema prisional.

"Ela me explicou que essa decisão (de não autorizar visitas) já está tomada, levando em conta as normas da Polícia Federal, mas que pode haver ainda um recurso a um órgão da Justiça para, levando em contas tais argumentos, permitir que Lula e outras pessoas recebam visita de amigos", disse o vereador, acompanhado de uma advogada.

Se o TRF-4 negar o recurso, observou Suplicy, a esperança está no STF. "Não vamos desistir, alguns dos ministros lá são pessoas de bom senso", disse o petista.

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Depois do encontro com a juíza, Suplicy disse que iria novamente à sede da Superintendência da Polícia Federal para entregar cartas que recebeu endereçadas ao ex-presidente Lula. Pela manhã, o petista afirmou a jornalistas que gostaria de conversar com o ex-presidente sobre a "renda básica de cidadania", proposta que defende há décadas e que chegou a ser sancionada por Lula durante seu governo.