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"Suplicy é mau-caráter travestido de bom moço"

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral da Presidência da República, ministro Aloysio Nunes, reagiu com irritação às intervenções dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Eduardo Suplicy (PT-SP) contra o presidente Fernando Henrique Cardoso, durante sessão do Conselho de Ética do Senado. ?O Suplicy é um mau-caráter travestido de bom moço. O Simon se elegeu na esteira da reeleição do presidente, no Rio Grande do Sul?, contra-atacou, mostrando que ficará a postos durante ausência do presidente do País (ele embarcou nesta quinta-feira para o Canadá). Para Aloysio Nunes, Suplicy quis aproveitar-se de um episódio lamentável envolvendo o Senado - envolvimento de senadores na violação do painel de votação secreta -, para atingir o governo e beneficar o PT. O senador tentara estabelecer ligação do presidente Fernando Henrique com a iniciativa do ex-líder do governo José Roberto Arruda (PSDB-DF) de pedir a violação do painel. ?O PT sai chamuscado do episódio?, provocou o ministro, em menção à polêmica em torno do voto da senadora e então líder petista Heloíza Helena (AL), supostamente contra a cassação do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), contra orientação de seu partido. O voto secreto da senadora constaria da lista tirada de forma fraudulenta do painel eletrônico. Em sua intervenção, Pedro Simon criticou o presidente Fernando Henrique pela cobrança de apuração dos graves episódios ocorridos na Casa, feita nesta quarta-feira. ?Fernando Henrique cobra limpeza do Congresso, cobra moral do Congresso. Logo ele, que não nos deixa criar a CPI da corrupção para apurar fatos envolvendo o governo dele?. ?O presidente fala na condição de um senador que honrou o Senado nos 12 anos em que esteve lá. Sua campanha eleitoral contribuiu decisivamente para a eleição de Simon ao Senado. Simon se elegeu na esteira da reeleição de Fernando Henrique?, disparou o ministro. Aloysio Nunes assistiu à primeira parte do depoimento da ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges, mas não quis fazer comentários, sob alegação de o assunto ser de competência do Legislativo.

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