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Suplicy critica cúpula do PT e pede respeito

Por Agencia Estado
Atualização:

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) criticou nesta segunda-feira a cúpula do partido, pediu respeito aos seus sentimentos e admitiu que a campanha do partido à Presidência, em 2002, pode ser prejudicada se a direção continuar adotando "procedimentos indevidos" em relação à sua vida pessoal. Separado há quatro meses da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, ele confessou a amigos estar convencido de que o presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, é um dos patrocinadores do romance de sua ex-mulher com o franco-argentino Luís Favre. Colaborador do PT em assuntos internacionais, Favre é amigo de Lula há 20 anos. "Tanto o Lula quanto o deputado José Dirceu (presidente licenciado do PT) e integrantes da direção nacional precisam ter muita consciência das coisas, de cada passo e decisão que têm tomado ultimamente", afirmou Suplicy. "Digo isso até para que a campanha do PT à Presidência seja fortalecida, e não prejudicada por procedimentos indevidos, que possam causar problemas." Disposto a enfrentar Lula numa prévia para a escolha do candidato do PT à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso, Suplicy recusou-se a dizer o que considera procedimentos indevidos. "Eles sabem bem do que estou falando" desconversou. Para o senador, Lula e Dirceu queriam tornar público o namoro de Marta com Favre quando participaram, no último dia 6, de um jantar na casa dela, em homenagem ao cantor sertanejo Zezé di Camargo. Suplicy não gostou de ler em colunas políticas que Lula teria ficado "impressionado e até comovido" com a nova paixão da prefeita. "Estou seguindo minha vida e espero que cada companheiro do PT me trate com o mesmo respeito que eu os trato", comentou Suplicy. As afirmações do senador foram feitas durante visita à Fundação Gol de Letra, instituição que atende crianças e jovens carentes, na zona norte de São Paulo.

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