Suplente de Itamar é alvo de investigações pelo MP mineiro

Senador Zezé Perrella (PDT-MG) é suspeito de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, enriquecimento ilícito e ocultamento de pratrimônio

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Por Redação
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BELO HORIZONTE - De volta a um cargo legislativo, o senador Zezé Perrella (PDT-MG) é alvo de investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de Minas Gerais. Como empresário e cartola de futebol, Perrella, que preside o Cruzeiro - está em seu quarto mandato, o que representa quase 10 anos à frente do clube -, é suspeito de crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas na venda de jogadores, enriquecimento ilícito, além de ocultação de patrimônio.O cartola de 55 anos assumiu a cadeira no Senado após a morte de Itamar Franco (PPS-MG). Nos últimos dias, passou mais tempo respondendo às denúncias que pesam contra ele do que sobre a postura que adotará no Congresso. No fim de maio, o MP Estadual (MPE) abriu investigação para apurar se Perrella ocultou de seu patrimônio uma fazenda localizada em Morada Nova de Minas (MG) e avaliada em cerca de R$ 60 milhões.A Fazenda Guará é uma filial da empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda, cujas cotas foram transferidas e hoje estão em nome de dois filhos (95%) e um sobrinho do senador. Como Perrella não compareceu no dia 5 à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do MPE para prestar depoimento no inquérito que investiga sua evolução patrimonial, os sócios deverão ser convocados para prestar esclarecimentos.Na última declaração de bens entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Perrella informou patrimônio de R$ 490 mil. Na eleição de 2006, quando foi eleito deputado estadual, o presidente do Cruzeiro declarou à Justiça Eleitoral bens no valor de R$ 724,5 mil. O MP mineiro afirma que a posse no cargo de senador não interfere no prosseguimento da investigação sobre o patrimônio do ex-deputado, dado seu caráter cível, onde não existe prerrogativa de foro.

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