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Superávit pode ter meta reduzida em R$ 11,3 bilhões

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Por Redação
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O governo oficializou ontem ao Congresso, com o relatório elaborado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, a ampliação do volume de investimentos que pode ser reduzido do cálculo do superávit primário, a economia de recursos que o governo precisa fazer para pagar os juros da dívida. A meta da equipe econômica é realizar um superávit primário de R$ 53 bilhões este ano, mas esse valor pode ser reduzido em R$ 11,3 bilhões se os recursos forem utilizados em obras do Projeto Piloto de Investimentos (PPI), incluídas no Programação de Aceleração do Crescimento (PAC). No início da semana, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, contou ao Estado que o governo planeja usar essa margem até o fim do ano. "Estamos fazendo um trabalho de reordenamento das despesas, de reestruturação dos ministérios para priorizar os investimentos", explicou Augustin. Até o fim de junho, porém, os dados do Tesouro mostram que só R$ 1,2 bilhão foi aplicado no PPI. O valor é muito inferior aos R$ 11,3 bilhões liberados agora e do que os R$ 3 bilhões que estavam programados pelo governo para o primeiro semestre. Na prática, portanto, a liberação dos recursos tem mais um efeito psicológico de indicar um objetivo do governo do que um resultado concreto. A equipe econômica trabalha com a perspectiva de mudar o quadro no segundo semestre, mas é quase impossível atingir a meta. Como as receitas também estão crescendo acima do esperado, é possível que o governo atinja a meta de superávit de R$ 53 bilhões mesmo acelerando os investimentos do PPI. Nem mesmo o fantasma do déficit da Previdência deve atrapalhar os planos. Pelo relatório divulgado ontem, esse déficit também deve ficar um pouco menor com os bons ventos da economia: R$ 45 bilhões em vez dos R$ 46,4 bilhões previstos.

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