PUBLICIDADE

Substituto de Protógenes está entre testemunhas de Chicaroni

Ricardo Saadi será uma das 5 testemunhas de defesa do lobista, que serão ouvidas nesta sexta em São Paulo

PUBLICIDADE

Por Carolina Ruhman e da Agência Estado
Atualização:

O sócio-fundador do banco Opportunity, Daniel Dantas, o ex-presidente da Brasil Telecom Participações, Humberto Braz, e o lobista Hugo Chicaroni, réus em processo por corrupção passiva originado na Operação Satiagraha, chegaram pouco antes das 9h30 desta sexta-feira, 22, à 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo. Eles acompanham audiência na qual o juiz Fausto Martins de Sanctis toma o depoimento de cinco testemunhas de defesa de Chicaroni. Entre elas está o delegado da Polícia Federal Ricardo Saadi, que substituiu o delegado Protógenes Queiróz na condução do inquérito da operação. Os nomes das outras testemunhas não foram divulgados. Veja também: Entenda como funcionava o esquema criminoso  As prisões de Daniel Dantas O advogado de Dantas, Nélio Machado, criticou a ação da Agência Brasileira de Informação (Abin) nas investigações da Operação Satiagraha, atuação que foi confirmada pelo diretor-geral da agência, delegado Paulo Lacerda, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Grampos, na quarta-feira.  Machado centrou seus ataques no decreto que a presidência publicou na quinta, ampliando os poderes da Abin e criando uma central de investigação para cooperação e compartilhamento dos bancos de dados de órgãos do governo, entre eles a Polícia Federal. Para o advogado de Dantas, o decreto é "ilegal e inconstitucional". "A ação apuratória compete com exclusividade, pela lei e pela Constituição da República, à Polícia Federal", disse, ressaltando que "essa tarefa é indelegável". "A própria administração pública, a presidência da República, reconhece indiretamente (com a publicação do decreto) que a Abin não poderia ter participado de nada", disse. A Operação Satiagraha desmontou suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.