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Suassuna recusa ministério para "evitar constrangimento" a FH

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Por Agencia Estado
Atualização:

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) entregará nesa sexta-feira ao presidente Fernando Henrique Cardoso uma carta em que recusa o convite para voltar ao comando do Ministério da Integração Nacional. Fernando Henrique chamou Suassuna para o Ministério na tentativa de apaziguar os ânimos do PMDB da Paraíba, contrariado com a aliança do PSDB com o PFL no estado. Com o convite, o presidente também quis afastar os rumores de envolvimento de tucanos no vazamento de denúncias contra Suassuna. Na carta, o senador alegará que não reassumirá a pasta para não causar constrangimentos ao presidente. "Não posso aceitar voltar para o Ministério porque vão sair dizendo que estou fugindo da Comissão de Ética do Senado", argumentou o senador. Segundo a revista Época, o empresário José Elísio Ferreira e o advogado Giovanni Ricardi, presos com uma mala com mais de R$ 100 mil em dinheiro, teriam ligações com Suassuna. A Polícia Federal suspeita que esse dinheiro seria a segunda parcela do pagamento de uma propina de R$ 400 mil cobrada de empreiteiras de Belo Horizonte e de Goiânia para realizarem obras de R$ 3 milhões, em Catalão (GO), financiadas pelo Ministério. "Eles não são meus assessores", garantiu hoje Suassuana. Ele informou que conhece apenas José Elísio, que é seu corretor de seguros há 10 anos. Como o Conselho de Ética do Senado deverá investigar a denúncia, o senador achou melhor não aceitar reassumir o Ministério. "Não poderia causar esse constrangimento ao meu amigo Fernando Henrique", afirmou. Apoio O PMDB da Paraíba reúne-se nesta sexta-feira pela manhã para decidir se apóia ou não a candidatura do tucano Cássio Cunha Lima ao governo do Estado. "Não tem nada resolvido na Paraíba", disse hoje o líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA). Otimista, ele está confiante na construção de um acordo no Estado, apesar da ameaça do governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), de não apoiar a coligação do partido com o PSDB em torno da candidatura presidencial do tucano José Serra. Dono de 32 votos na convenção nacional do PMDB, Maranhão ficou indignado com a aliança PSDB/PFL no estado e prometeu retaliar apoiando o PT.

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