
22 de maio de 2012 | 18h55
A 5a turma do STJ decidiu por 3 votos a 1 manter Cachoeira preso. Ele está detido desde fevereiro, acusado de comandar uma rede que explorava jogos ilegais.
Cachoeira compareceu nesta terça-feira à CPI, mas se recusou a responder às perguntas dos parlamentares, seguindo orientação de sua defesa, comandada pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro da Justiça durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O depoimento de Cachoeira era considerado chave para a CPI, que tem focado suas atenções no funcionamento da organização criminosa montada pelo empresário para operar máquinas caça-níqueis ilegalmente e na relação que Cachoeira mantinha com a construtora Delta, recordista de contratos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O empresário, no entanto, alegou que não se pronunciará antes de prestar esclarecimentos à Justiça de Goiás, o que deve acontecer entre 31 de maio e 1o de junho.
Thomaz Bastos, por sua vez, disse a jornalistas que a defesa ainda precisa de tempo para analisar todos os documentos coletados durante as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, e aguarda o pronunciamento da Justiça sobre um pedido de anulação das provas, que a defesa considera terem sido obtidas ilegalmente.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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