
29 de julho de 2009 | 21h15
As interceptações telefônicas publicadas com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo foram realizadas, com autorização judicial, pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Boi Barrica. No início desta semana, o ministro da Justiça negou que o vazamento das gravações tenha partido de membros da PF. Questionado sobre quem poderia ter sido o responsável pela divulgação do material, Tarso sugeriu que poderiam ter sido "advogados, para desviar o foco das investigações".
"Pedimos ao ministro que diga quem é o advogado em questão e que medida será tomada pelo Ministério da Justiça como penalidade", afirmou. O presidente da OAB também alega na ação que as declarações de Tarso são "inaceitáveis", uma vez que atingem a honra da classe dos advogados de forma genérica. "A declaração do ministro não tem lógica. O advogado não quer condenar o seu cliente. É notório que o tipo de vazamento realizado tem nítido caráter incriminatório e jamais partiria de advogados", argumenta Britto.
Na sexta-feira, o Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA) entrou com pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal (PF) para apurar o vazamento do teor das conversas telefônicas entre os membros da família Sarney. O corregedor-geral da Justiça Federal deu prazo de 48 horas para que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, responsável pelo mandado que autorizou a gravação, informe as providências tomadas.
Encontrou algum erro? Entre em contato