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STF nega habeas corpus de aliado de Arruda

Ex-deputado Geraldo Naves participou de suposta tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra

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Por Redação
Atualização:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, negou nesta segunda-feira, 22, o pedido de habeas corpus apresentado pelo ex-deputado da Câmara Legislativa do Distrito Federal Geraldo Naves Filho (DEM), preso por seu envolvimento em suposta tentativa de suborno a uma testemunha do esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM.

 

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Naves está preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde o último dia 12, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-deputado teve a prisão decretada no dia 11, por causa da suposta tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o "Sombra", testemunha no inquérito que investiga denúncias de desvios e apropriação de dinheiro público no governo do Distrito Federal.

 

Marco Aurélio considerou que os requisitos legais que justificam a prisão estão presentes no caso. O ministro do STF indicou que há indícios de que Naves foi o primeiro mediador da suposta proposta de suborno a Sombra. O ex-deputado entregou ao jornalista um bilhete manuscrito do governador e posteriormente confirmou sua autenticidade.

 

"Então, esse primeiro contato teve modificação no campo subjetivo, passando, sucessivamente, a atuarem Welligton Moraes e Antônio Bento da Silva. O senhor Edson Sombra afirmou haver sido procurado pelo paciente [Naves] no início do mês de janeiro do corrente ano, em nome do governador, para que prestasse serviço de forma a atrapalhar a investigação em curso na Operação Caixa de Pandora", afirmou Marco Aurélio.

 

No habeas corpus, a defesa contesta o mandado de prisão preventiva expedido pelo STJ e afirma ex-deputado distrital não incorreu na prática dos crimes de corrupção de testemunhas e falsidade ideológica. Segundo a defesa, Naves foi "envolvido em uma armadilha", ao tentar intermediar uma pacificação entre o jornalista e o governador José Roberto Arruda, relativa à manutenção do patrocínio do governo local a um jornal de propriedade.

 

Com informações da Agência Brasil

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