BRASÍLIA - Foi pedido nesta quarta-feira, 30, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que a Corte julgasse a solicitação de intervenção no Distrito Federal (DF) apenas em agosto, depois do recesso de um mês, iniciado no próximo dia 2. No entanto, o tribunal decidiu, por 6 votos a 2, que o julgamento acontecerá na quarta.
A pedido de adiamento, Gurgel argumentou que três ministros não votaram durante a sessão. Eros Grau está em processo de aposentadoria, Ellen Gracie em viagem oficial ao Marrocos e Joaquim Barbosa está de licença médica desde abril por problemas na coluna.
Os ministros que contrariaram o adiamento foram Celso de Mello e Marco Aurélio. Aurélio disse que não se trata de um caso de "sangria desatada" e que a Corte nunca julgou casos de maior complexidade no fim do semestre ou do ano jurídico.
Grande parte do ministério, ao contrário, entendeu que a matéria é de grande importância para o andamento das eleições deste ano e que protelar o julgamento poderia prejudicar o processo eleitoral no DF.
Gurgel afirmou que, embora estivesse pedindo o adiamento, acreditava que a Corte votaria favoravelmente à intervenção, pois ainda há indícios de corrupção no governo do DF que não foram sanados com medidas emergenciais ou substituição de certos políticos.