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STF começa a analisar quebra de sigilo de Jader

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso começa a analisar, segunda-feira, o pedido de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Mesmo com parecer favorável do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, Velloso pode pedir mais informações ao Ministério Público e à Polícia Federal para determinar a devassa nas contas do presidente licenciado do Senado. A quebra de sigilo, de outubro de 1988 a maio de 1989, foi solicitada pela Polícia Federal. O delegado Luiz Fernando Ayres Machado investiga fraude na emissão de Títulos da Dívida Agrária (TDAs), em 1988. À época, Jader era ministro da Reforma Agrária do Governo Sarney. Mineiro de Entre Rios, Velloso, de 65 anos, é visto no STF como um autêntico "juiz de Minas". Ele é cauteloso e não costuma tomar decisões rápidas, no calor das discussões, ressalta uma pessoa próxima. O clamor da ruas, porém, foi um dos motivos que levaram Velloso e outros seis colegas a negar, em junho, o pedido de habeas corpus do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. Não é a primeira vez que Velloso decide sobre abertura de contas de autoridades. Na década de 90, o ministro concedeu uma liminar suspendendo a quebra de sigilo bancário e fiscal de Antônio Rogério Magri, ministro do Trabalho do governo Fernando Collor. Mas mudou de idéia dois meses depois, com novas informações enviadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Em julho do ano passado, ele suspendeu decisão do ministro Marco Aurélio de Mello de soltar o banqueiro Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka. Entre uma canetada e outra, Cacciola fugiu para a Itália, onde está mora até hoje.

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