17 de janeiro de 2013 | 09h33
Em um balanço - que ele define como "apenas jurídico, acadêmico" - feito em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Temer destaca um princípio fundamental da Constituição que, a seu ver, o processo do mensalão consolidou: "É que todos são iguais perante a lei. Não é porque é rico ou pobre, poderoso ou não, todos têm tratamento igual". Quanto ao fato de tal igualdade ser algo raro na vida brasileira, comentou: "Não deveria ser. É porque as pessoas não estão atentas ao texto constitucional."
Quanto aos recentes embates entre Congresso e Supremo sobre quem deve dar a última palavra no caso das cassações, Temer sugere que os líderes de cada lado sigam com todo rigor o texto constitucional: "Ele não consagra apenas a autonomia dos Três Poderes, mas também a harmonia entre eles". E acrescenta: "Quando não há harmonia há uma inconstitucionalidade. A Constituição fala em poderes independentes, harmônicos entre si".
Na prática, isso significa, para Temer - que é também professor de Direito e um estudioso de questões jurídicas - que a decisão do STF é definitiva, mas que cabe à Câmara aguardar a conclusão de todos os recursos. Entre estes, ele menciona a revisão criminal, que permite ao réu pedir, ao Judiciário, a reavaliação de alguma etapa do julgamento em que possa ter havido alguma irregularidade. "A declaração da perda do mandato é um momento político", avisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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