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STF adia julgamento de intervenção em Estados

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) ganhou mais um mês de fôlego para tentar evitar que o Estado sofra intervenção federal por falta de pagamento de precatórios. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, adiou de junho para agosto o julgamento de pedidos de intervenção em São Paulo e em outros Estados, ocasionados principalmente por dívidas salariais. O ministro afirmou que os governadores poderão refletir no mês de julho sobre a falta de pagamento de precatórios. Durante todo o mês, os ministros do STF estarão em férias. Se as dívidas não forem pagas até agosto, o presidente do Supremo promete colocar em votação os processos de intervenção. A expectativa no STF é de que o julgamento começará em agosto, mas não terminará. Por causa da polêmica do assunto, acredita-se que um dos 11 ministros pedirá vista ao processo, interrompendo a votação por tempo indeterminado. A transferência do julgamento dos pedidos de intervenção para agosto coincidirá com o início da campanha eleitoral para governos estaduais e federal. Uma eventual decretação de intervenção em São Paulo poderia ser amplamente explorada pela oposição, já que Geraldo Alckmin tentará a reeleição. Marco Aurélio garantiu que a aproximação das eleições não comprometerá a realização dos julgamentos. "A circunstância de avizinharem-se as eleições não desaguará na paralisação dos processos", prometeu o presidente do Supremo.

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