Sou favorável que se aprove o orçamento como o governo mandou, diz Cunha

Segundo presidente da Câmara, ônus da peça orçamentária já é dividida com o Congresso; ele voltou a dizer, no entanto, que cabe ao governo encontrar soluções para o déficit de R$ 30 bilhões

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, nesta quarta-feira, 2, ser favorável à aprovação, pelo Congresso, do Orçamento de 2016 do jeito que o governo encaminhou. "Ter déficit não é o principal problema. O governo pode aprovar um Orçamento com déficit. Sou favorável que se aprove o Orçamento como o governo mandou, seja de que natureza que for", declarou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Andre Dusek/Estadão

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Cunha destacou que o ônus da peça orçamentária já é dividida com o Congresso, uma vez que o Parlamento tem de aprovar a proposta do Executivo, mas voltou a dizer que cabe ao governo encontrar soluções para o déficit anunciado de R$ 30,5 bilhões, "seja através de corte de gastos ou melhoria do ambiente para aumentar a receita". "Não cabe a nós fazer isso", enfatizou.

Vetos. Sobre a análise dos vetos presidenciais, em sessão que ocorreu nesta quarta-feira, o presidente da Câmara disse que é preciso enfrentar a pauta para que o Congresso possa votar mais para frente a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o próprio Orçamento de 2016.“A pauta vai ter de ser enfrentada. Se não enfrentar a pauta, não se vota LDO, Orçamento, nem o PL da mudança da meta. A cada dia que passa vão sendo sancionados e vetados projetos, isso é contraproducente”, avaliou.

Cunha disse que não tem conhecimento de acordo com o governo para esvaziar a sessão do Congresso, mas questionou o agendamento da sessão conjunta nesta manhã. Ele afirmou nunca ter visto quórum em sessões do Congresso às quartas-feiras pela manhã. “Sessão efetiva é sempre terça de noite”, afirmou.

Ao comentar o cenário econômico e o Orçamento, o peemedebista disse que é preciso que a dívida bruta não sofra aumento. "Entendo que é um princípio de controle de gasto público. Pior é você ter superávit pequeno e a dívida aumentar muito", afirmou.

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