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Sorocaba faz teste gratuito para detectar aids

Por Agencia Estado
Atualização:

Em um estande montado na praça central, Sorocaba iniciou nesta segunda-feira uma campanha de detecção gratuita do vírus HIV, causador da aids. A coleta de sangue está sendo feita também em outros dois postos móveis e nos 27 centros de saúde da cidade. A campanha, referente ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, transcorrido no último domingo, prossegue até sexta-feira. As pessoas apresentam a cédula de identidade e têm garantida a privacidade. O resultado será entregue em 15 dias diretamente ao interessado, que deve procurá-lo no Centro de Orientação e Apoio Sorológico (Coas) do município. É a maior ação pública contra a doença já realizada na cidade. Até as 16 horas desta segunda, tinham sido realizadas mais de 500 coletas. No posto da praça, o mais movimentado, foram atendidas 160 pessoas. Durante os cinco dias, o número de testes pode chegar a 2 mil. De acordo com o coordenador do Programa de Prevenção da Aids e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), José Ricardo Pio Marins, a campanha leva em conta a nova estratégia contra a doença que tem como enfoque a investigação dos casos e o tratamento antes da manifestação dos sintomas. Segundo ele, as estatísticas indicam que pode haver, na cidade, de 3 a 4 mil pessoas que não sabem que estão infectadas. "Se elas descobrem que têm a doença e nos procuram, vamos tratá-las para protelar as manifestações e dar orientação para que não passem o vírus." A dona de casa Maria Margarida Mourato Dias, de 55 anos, foi com o filho, o autônomo Luiz Gustavo, de 19 anos, para fazer o teste na praça. Para ambos, era a primeira vez. "Dou o exemplo porque me preocupo com a saúde dele", disse a mulher, depois de receber a picada da agulha. O estudante Rodrigo Valdívia de Araujo, de 21 anos, também enfrentou fila para fazer o teste. "Acho importante todo mundo aderir, não há motivo para preconceito." A balconista Ângela Maria Arruda Gomes, mãe de 3 filhos, passou pelo teste na última gravidez, mas quer ter certeza de que continua livre do vírus. "Dá mais segurança." Segundo Marins, a campanha será realizada anualmente. Desde 1985 a cidade registrou 1.980 casos de Aids, mas a incidência está caindo. "Do ano passado para este, tivemos uma redução de 30% em novos casos." A redução é de 50% em relação ao pico da doença, segundo ele. Foram 185 casos em 97 contra no máximo 90 neste ano. A taxa de transmissão vertical - da mãe infectada para o recém-nascido - caiu de 30% no início do controle para 6% no ano passado. Os testes são feitos anualmente em 7 mil gestantes.

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