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Soninha posa nua para calendário de ciclistas

Subprefeita da Lapa está no calendário 2010 da ONG CicloBR, que promove o uso do meio de transporte

Por Gustavo Uribe
Atualização:

Entusiasta do uso da bicicleta como alternativa de transporte no trânsito de São Paulo, a subprefeita da Lapa e pré-candidata do PPS ao governo de São Paulo, Soninha Francine, defenderá mais uma vez o ciclismo, mas desta vez de modo pouco usual. Nua e agachada ao lado de duas bicicletas, a ex-vereadora estampará uma das folhas do calendário 2010 da ONG CicloBR, que promove o uso do meio de transporte.

 

 

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A subprefeita aprovou a experiência de fotografar sem roupa, embora não tenha gostado muito da sua aparência na foto. "O resultado ficou bom, mas dificilmente acho que saio bem em fotos. Fico com cara de besta", brincou.

 

Soninha disse que é a primeira vez que posa nua para as lentes de um fotógrafo. "Eu já tive experiências artísticas com nudez em teatro, mas é a primeira que poso sem roupa", afirmou.

 

A proposta do calendário é usar o nu como metáfora da falta de proteção dos ciclistas diante dos carros no caótico tráfego paulistano. "Não são fotos de pessoas com corpos malhados ou apolíneos. São imagens de ciclistas que se identificam com a causa", explicou a subprefeita.

 

Para fazer as fotos, a subprefeita não pediu autorização à Prefeitura de São Paulo ou ao prefeito Gilberto Kassab (DEM). "Nem me ocorreu perguntar se eles me apoiariam ou se haveria problema em fazer as fotos", afirma. Soninha não espera, contudo, retaliações do governo municipal. "Não acho que desrespeitei a população. Como subprefeita, atendo a população com respeito e cumpro o meu dever", argumentou. Procurada pela reportagem, a prefeitura da capital não se manifestou até o início da noite.

 

Repercussão

 

A subprefeita disse estar consciente da repercussão que a foto pode causar e reconheceu que ela pode ser usada por adversários de campanha como munição eleitoral contra sua eventual candidatura ao Palácio dos Bandeirantes este ano. "A repercussão tem sido grande e sempre pode atrapalhar politicamente", afirmou. "As fotos podem ser usadas por adversários para ataques virtuais, por meio da internet. Não acredito que haverá ataques diretos. Na internet, a eleição é um vale-tudo."

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Soninha admitiu também que a fotografia pode criar rejeição à sua provável candidatura em alguns setores da população. "Quando alguma coisa sai do figurino, com o perdão do trocadilho, sempre gera resistência em alguns setores da população", reconheceu. "Mas eu acho que a rejeição deve fazer parte da vida pública. Vou ter de combater esse preconceito posteriormente."

 

CORREÇÃO

A reportagem teve uma informação corrigida às 21 horas do dia 10 de fevereiro. Ao contrário do que foi publicado incialmente, André Pasqualini não é fotógrafo, e sim o diretor do Instituto CicloBR.

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