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Sócio de ministro em consultoria pede demissão da Prefeitura de BH

Otílio Prado deixou o cargo a pedido do prefeito Márcio Lacerda (PSB), que quer evitar que as denúncias contra Fernando Pimentel (Desenvolvimento) respinguem na sua gestão

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Por Redação
Atualização:

BELO HORIZONTE - O sócio do ministro Fernando Pimentel na empresa P-21 Consultoria e Projetos, Otílio Prado, deixou nesta quinta-feira, 8, o cargo que ocupava na Prefeitura de Belo Horizonte. No pedido de exoneração aceito pelo prefeito Márcio Lacerda (PSB), ele afirma que pretende evitar "constrangimento indevido" à administração municipal.

 

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Lacerda teria pressionado Otílio a deixar a função de assessor para tentar blindar sua gestão das denúncias sobre os serviços prestados pela empresa de consultoria. Oficialmente, no entanto, a decisão de deixar o cargo na administração municipal foi do próprio sócio de Pimentel.

 

Um aliado relata que Otílio se sentiu especialmente atingido quando foi divulgada a informação de que uma empresa de seu filho, Gustavo Prado, seria uma das clientes da P-21 e teria recebido dinheiro da construtora HAP Engenharia, que tem contratos com a prefeitura de Belo Horizonte.

 

A carta de demissão foi enviada na quinta-feira à tarde a Lacerda, mas a exoneração só deve ser concretizada na sexta-feira, 9, uma vez que era feriado municipal na capital mineira. No texto, Otílio avalia que "inexiste incompatibilidade" entre o cargo exercido na prefeitura e sua participação na P-21. Mesmo assim, ele pede para deixar o cargo.

 

"Não quero de nenhuma forma criar constrangimento indevido à figura do prefeito (...) e tampouco causar prejuízo à imagem desta administração e também à figura do ministro Fernando Pimentel", afirma, em um trecho da carta.

 

Otílio alega que tinha participação discreta na sociedade e que "toda a atividade da empresa P-21" era exercida por Pimentel, pois os serviços abrangiam "questões afetas à expertise detida pelo ex-prefeito e atual ministro".

 

O sócio de Pimentel confirma que contribuiu apenas com o capital da empresa até novembro de 2010, quando passou a ser sócio-gerente da P-21. Nesse momento, no entanto, a empresa já se encontrava inativa, segundo Otílio.

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