Sob pressão, Maia diz que cassação de Cunha pode ser votada em agosto com acordo entre líderes

De um lado, a oposição acusa o presidente da Câmara de protelar a votação; do outro, a base aliada pressiona para que a cassação seja votada após a conclusão do processo de impeachment de Dilma

Por Igor Gadelha
Atualização:
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados Foto: André Dusek|Estadão

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 4, em entrevista na Casa, que a votação do pedido de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pode ocorrer ainda em agosto, contanto que os líderes partidários da Câmara entrem em acordo.

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Como vem mostrando o Broadcast, Maia sofre diferentes tipos de pressão. De um lado, a oposição o acusa de protelar a votação e pede para que ele paute o pedido o mais rápido possível. Do outro, líderes aliados e o Planalto pressionam para que a cassação só seja votada depois da conclusão do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

Rodrigo Maia reafirmou que vai ler em plenário, na próxima segunda-feira, 8, o pedido de cassação de Cunha aprovado pelo Conselho de Ética. A partir daí, o pedido deverá entrar na pauta do plenário em até duas sessões. O pedido será prioridade, mas não trancará a pauta. Ou seja, não há obrigatoriedade para sua votação.

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