Sob ataques, Dilma diz que 'o amor vai vencer o medo'

PUBLICIDADE

Por Anne Warth
Atualização:

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse hoje que a divulgação de vídeos na internet com ataques a sua campanha, comparando petistas a cachorros da raça rottweiler, mancha a reputação de seus adversários. Sem citar o nome de José Serra (PSDB) - que teria encomendado os vídeos -, Dilma condenou as ações e, numa referência à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou famosa pelo slogan "A esperança venceu o medo", Dilma disse que, desta vez, "o amor vai vencer o medo"."Acho que quem faz esse tipo de coisa não mancha a outra pessoa, mancha a si mesma. Não é uma prova de bom comportamento na eleição. Eleição é um momento em que você tem de respeitar o eleitor e debater, não fazer esse tipo de coisa", afirmou a petista, em entrevista coletiva concedida na capital gaúcha.A campanha de Dilma já entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a imediata retirada dos vídeos e as punições de acordo com a legislação. Além disso, o PT entrou com pedido de abertura de inquérito policial no Ministério Público (MP) para apurar a autoria dos vídeos."Acho que há um clima como aquele que se tentou criar 2002, de catástrofe. Agora o clima é outro, é um clima do ódio, de que vai ser um horror, um terror. Esse ambiente de ódio é como droga, você entra, mas não sai. Eu não entro no ódio. Não vou baixar por nada nesse mundo o nível da campanha, nem usar esse tipo de artifício. Acho que dessa vez, além da esperança vencer o medo, também vai vencer o amor pelo Brasil", disse.Sobre a validade da Ficha Limpa para as eleições da próxima semana, que ainda não foi definitivamente julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Dilma disse ser favorável à lei, mas evitou opinar sobre o posicionamento da Corte. "O que eu gostaria pode acontecer ou não. Gostaria que o Supremo se manifestasse, mas respeito a instituição e acho que decisão que eles tomarem deveremos acatar sem a menor discussão."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.