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Só sumiu R$ 100 do arquivo do Ministério da Saúde

Por Agencia Estado
Atualização:

Auditores do Ministério da Saúde fizeram uma inspeção na sala arrombada na noite de sexta-feira, para identificar documentos que possam ter sido furtados. Durante a tarde, checaram 170 caixas contendo projetos preparados pelo ministério e contratos de compra. Até agora, não deram falta de nenhum documento. A análise dos auditores começou ontem, depois de a Polícia Federal terminar a perícia na sala arrombada. A equipe do ministério notou que duas caixas catalográficas, com referência ao conteúdo de outras 220 caixas, haviam sido remexidas. A data da documentação é variada. De acordo com a Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde, os processos de compras e de licitação arquivados eram referentes ao período anterior a 2000. A documentação, no entanto, continha também cópias de projetos desenvolvidos recentemente. A sala do ministério foi arrombada sexta-feira. No local, não há sistema de segurança ou câmeras. O arrombamento foi notado por volta das 20h30, durante a ronda feita pelos vigias. De acordo com o ministério, a vigilância havia passado no local pouco tempo antes, por volta das 20h. Ao retornar, o vigia encontrou a porta arrombada, com a luz acesa e vários documentos de funcionários espalhados pelo chão. Um dos servidores sentiu falta de R$ 100 que havia deixado na gaveta de sua mesa. A Polícia Federal foi chamada e uma perícia foi feita no local. O Ministério da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, disse que, por enquanto, não há como saber se o arrombamento tem alguma conexão com a Operação Vampiro. Deflagrada há 3 semanas, a investigação da Polícia Federal revelou a existência de um esquema de fraude para compra de hemoderivados e outros medicamentos. Entre os envolvidos estava o ex-coordenador de Recursos Logísticos do Ministério da Saúde, Luiz Cláudio Gomes da Silva, um dos 6 funcionários do ministérios presos durante a operação. Vinte e cinco funcionários do ministério foram exonerados.

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