Só 22 senadores prestaram contas de verba indenizatória

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Por Ana Paula Scinocca
Atualização:

No primeiro dia de prestação de contas da verba indenizatória do Senado, apenas 22 dos 81 senadores, o equivalente a 27%, divulgaram suas despesas hoje no site da Casa na internet. Cinco parlamentares informaram gastos, referentes ao mês passado, iguais a zero. Cada senador tem direito a R$ 15 mil mensais de verba indenizatória mas a prestação de contas pode ser feita trimestralmente. A abertura da prestação de contas no Senado, considerada uma "caixa preta", começou com quatro meses de atraso. No final do ano passado, numa ação para resgatar a imagem da Casa, deteriorada pelas denúncias envolvendo o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um boletim administrativo interno ordenava que os gabinetes divulgassem a aplicação dos recursos no site do www.senado.gov.br. Dos 17 senadores que declararam gastos em fevereiro, apenas dois informaram despesas de 100% da verba, ou seja, R$ 15 mil. Foram eles Gilvam Borges (PMDB-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Gilvam Borges declarou que as despesas foram referentes "ao aluguel de imóveis para escritório político, compreendendo despesas concernentes a eles". Cristovam também apresentou a mesma justificativa, além de gasto com "divulgação da atividade parlamentar". "São gastos com pesquisa, jornais e livros para divulgação dos trabalhos como senador e ex-governador", afirmou. Entre os 81 senadores, três abriram mão da verba - Jefferson Péres (PDT-AM), Marco Maciel (DEM-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS). Entre os senadores que fizeram uso da verba indenizatória, os mais econômicos foram Renato Casagrande (PSB-ES) e Patrícia Saboya (PDT-CE). Respectivamente, fizeram despesas de R$ 577,45 e R$ 949, 20. Somadas as despesas disponíveis hoje no site da Casa, os 17 senadores gastaram juntos R$ 110.697,48.

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