PUBLICIDADE

Skaf promete passe livre e escola em tempo integral

Por ANA FERNANDES e CARLA ARAUJO E WLADIMIR DANDRADE
Atualização:

O candidato ao governo paulista pelo PMDB, Paulo Skaf, prometeu implementar, se eleito, escola estadual em tempo integral e tornar gratuito o transporte sob responsabilidade do Estado para estudantes. "Vamos implantar em todas as escolas do Estado de São Paulo o ensino fundamental em tempo integral a partir de 2016, de forma gradativa. E durante o segundo e terceiro ano do ensino médio, meio período, com um período de curso técnico nas Etecs, a exemplo que fiz no Sesi e no Senai de São Paulo", afirmou, após participar nesta sexta-feira da série "Entrevistas Estadão".O candidato afirmou que, para a medida alcançar toda a rede estadual, serão necessários nove anos. "São nove anos de ensino fundamental. Temos nove anos para criar, construir e adaptar toda a infraestrutura", afirmou, destacando que a medida será feita "de forma responsável". Pelos cálculos do peemedebista, o investimento neste projeto seria em média de R$ 1 bilhão. "Você tem dois custos, o de infraestrutura, que será ao longo de 9 anos. E tem o custeio, mas as contas permitem isso", afirmou. "É um investimento que vai ao longo de nove anos. Um investimento acima de R$ 1 bilhão em média", explicou.Segundo Skaf, o custeio com a medida vai crescer também de forma gradativa. "No início seriam 120 mil alunos por ano e depois, no sexto ano, é que passam para 400 mil", disse. "Mas há como adaptar o orçamento sem problemas", garantiu. O peemedebista defendeu ainda o passe livre para estudantes e garantiu que, se eleito, todo o transporte, que é de responsabilidade do Estado, será gratuito. "Vamos criar todas as condições para que os jovens possam estudar e uma das decisões é o passe livre", afirmou. Questionado sobre o prazo em que a medida seria estabelecida, Skaf afirmou que "a partir de 2016 ou até antes".MetrôEle também disse que não pretende aumentar tarifas de metrô ou taxas de impostos. "Minha intenção não é aumentar taxas, nem tarifas, nem impostos, muito pelo contrario, é simplificar a vida das pessoas". O candidato afirmou ser, porém, favorável a correções de preços. "Minha preocupação é atualizar (preços) se for necessário", afirmou.Skaf disse também não ser favorável ao conceito de subsídio, mas entende que algum incentivo do governo é necessário para que o metrô possa existir. Segundo ele, o metrô poderia ter mais receita a partir de publicidade nos trens e nas plataformas, algo que já é feito em outras cidades do mundo. "A diferença a gente pode cobrir com PPP", afirmou, referindo-se a Parcerias Público-Privadas.Questionado sobre a suspeita de cartel no fornecimento de equipamentos e serviços para a rede de trens e metrô paulista, Skaf disse que não está na campanha para "julgar" o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas que o governo tem que estar atento aos gastos públicos. "O governo tem que perceber quando está pagando algo mais caro. Em nosso governo, não vamos dar espaço a nenhum tipo de cartel, nenhum tipo de corrupção, de forma nenhuma."Segurança públicaSobre o sistema penitenciário, Skaf defendeu a gestão privada de presídios. "Estamos estudando modelos muito bons de Londres e de Madri." Segundo ele, há cerca de 200 mil presos no Estado, mas a capacidade é de apenas 120 mil. E criticou a ausência de sistema de bloqueio de sinal de celular nestes locais. Em sua participação no "Entrevistas Estadão", o governador Geraldo Alckmin disse que seis presídios contavam com o sistema. "Levar dez anos para bloquear seis presídios, de 78, eu não entendo. Isso é muito ruim."Para Skaf, a situação hoje do Estado é de "guerra civil". Para melhorar a segurança, ele pretende, se eleito, ter uma sala de situação ligada diretamente ao gabinete de governador, uma central de inteligência e corregedoria geral para a área de segurança. Perguntado sobre contar em sua equipe com Antônio Ferreira Pinto, que foi secretário de Segurança Pública de Alckmin, o peemedebista disse que não se deve "fulanizar". "O responsável pela segurança pública é o governador". Skaf foi o quinto candidato ao governo do Estado de São Paulo a participar da série de entrevistas promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta semana. Participaram também os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre Padilha (PT), Gilberto Maringoni (PSOL) e Gilberto Natalini (PV).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.