Sistema S não é intocável, avisa Mantega

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Por FABIO GRANER E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o Sistema S - rede de entidades voltada para a formação de trabalhadores que recebe parte das contribuições arrecadadas pelo governo - não é "intocável". "São R$ 13 bilhões de receitas. É muito dinheiro. E não sei se o gasto está sendo feito de forma adequada", disse Mantega. "Não é retaliação, não é perseguição, mas não vejo por que alguém tem que ficar incólume a análises", afirmou, enfatizando que os recursos do Sistema S têm natureza pública e sua arrecadação está crescendo fortemente por conta do aumento do emprego. Mantega destacou que a contribuição ao Sistema S poderia servir para desonerar a folha de pagamentos e mencionou hipoteticamente retirar 20% da arrecadação do Sistema S para a desoneração. O ministro reconhece que uma avaliação sobre o Sistema S levará algum tempo, o que dificulta incluir esse tema num acordo com o PSDB para aprovar a prorrogação da CPMF. A declaração foi feita em audiência sobre a emenda de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Fazem parte do Sistema S o Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), entre outras entidades.

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