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Sindicato denuncia más condições de hospitais em SP

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde) apresentou nesta terça-feira um documento com denúncias sobre as condições de funcionamento em 18 hospitais e postos de saúde do Estado. Os problemas vão desde número inadequado de funcionários, falta de medicamentos e material cirúrgico até infiltrações em salas de cirurgias e aparelhos de diagnóstico por imagem quebrados. A lista de irregularidades foi recolhida pelos próprios funcionários, ao longo do mês de maio. ?Queremos mostrar como o governo desrespeita sistematicamente a saúde de toda a população, estamos no caos?, disse a presidente do sindicato, Sônia Takeda. O documento foi apresentado em plena campanha salarial da categoria. A Secretaria de Estado da Saúde informou, por meio da assessoria, que somente se manifestará sobre as denúncias depois de receber do sindicato uma cópia do documento. Ainda na nota, a secretaria diz estranhar o fato de o sindicato divulgar as denúncias antes de fazer um comunicado oficial. ?Não é bem assim. Há tempos estamos alertando representantes da secretaria sobre a falta de condições adequadas de trabalho?, afirmou Sônia. Ela informou que como funcionários recebem gratificações, estabelecidas pelos superiores, há grande receio em fazer denúncias. ?Mas agora colocamos fim à lei do silêncio.? Dos 18 hospitais visitados, o Darcy Vargas é o que está em piores condições, segundo informou Sônia. ?Lá faltam kits para exames e até mesmo álcool.? O documento lista também problemas no hospital Vila Nova Cachoeirinha. De acordo com funcionários, lá faltam aparelhos de pressão e colchões para macas. O sindicato pretende incluir no documento informações sobre todos os hospitais da rede de saúde ? 45 no Estado ? e encaminhá-las para o Ministério Público. Em assembléia nesta terça-feira, representantes do sindicato declararam estado de greve. Entre as reinvidicações, está a adoção de um plano de carreira multiprofissional. Um projeto prevendo a reestruturação das carreiras foi preparado no ano passado e aguarda encaminhamento para a Assembléia Legislativa. Na segunda-feira, o governo informou que está avaliando as reivindicações da categoria e um parecer será dado no dia 10.

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