Sindicalistas mostram poucas divergências sobre reformas

Por Agencia Estado
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Apesar de algumas divergências, como o teto para a aposentadoria e a cobrança previdênciária dos servidores inativos, os presidentes das três maiores centrais sindicais brasileiras deixaram a reunião desta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiando o governo federal. Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, as divergências não impedirão o consenso. ?Mas se o diálogo continuar dessa maneira, certamente chegaremos a um consenso?, afirmou. ?A Força Sindical será a central que mais vai dar apoio ao projeto de reformas do governo no Congresso?. O presidente da Confederação Geral do Trabalhador (CGT), Antonio Carlos dos Reis, o Salim, disse que as divergências serão resolvidas. "Não há divergências nesse momento que não possam ser superadas. O importante que é tivemos a oportunidade de olhar o presidente no olho e apresentar as nossas propostas, e isso é um fato inédito na história recente do Brasil?, afirmou. O presidente da CUT, João Felicio, disse que apresentou na reunião as propostas que a central tem discutido desde 95, como o teto de 20 salários mínimos que, segundo ele, estabeleceria uma previdência pública universal para 95% dos trabalhadores. "Defendemos a maior parte das propostas apresentadas pelo governo, não porque Lula está na presidência, mas porque defendemos essas reformas desde de l995", disse. O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos dos Santos, acusou o governo de estar tentando uma quebra unilateral dos contratos ao estabelecer um teto para as aposentadorias. "Vamos aumentar muito a mobilização dos servidores públicos contra esta proposta da reforma da previdência", disse. Para ele, a solução para equilibrar as contas da previdência é a cobrança "dos R$ 150 bilhões em dívidas judiciais" dos grandes devedores. ?Essas dívidas não são cobradas por que 70% delas referem-se a dívidas de mais de R$ 500 milhões, devidas por grandes financiadores das campanhas políticas?, denunciou.

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