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Sindicalista ligado ao PSDB elogia indicação de Brizola

Presidente do núcleo sindical do maior partido de oposição do Brasil é favorável a novo ministro do Trabalho e pede que ele discuta com a 'sociedade organizada'

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Por Elizabeth Lopes
Atualização:

A indicação do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, empossado nesta quinta pela presidente Dilma Rousseff, foi bem recebida pelo núcleo sindical do maior partido de oposição do País, o PSDB. Segundo o presidente nacional deste núcleo, Antonio de Sousa Ramalho, o Ramalho da Construção, a indicação de Brizola foi uma vitória das centrais sindicais brasileiras. Apesar de ter sido favorável à indicação do novo ministro, Ramalho adverte: "É necessário que ele não faça as coisas por sua conta e risco, é importante que ele discuta (projetos e ações) com a sociedade organizada, setor por setor, pois cada um tem sua característica específica e, com isso, as chances de acertar e adotar medidas de interesse da classe trabalhadora é maior."Ramalho, que também é vice-presidente nacional da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Trabalhares da Construção Civil de São Paulo (Sintracon), disse que a cruzada que a presidente Dilma Rousseff anunciou contra os juros elevados é oportuna: "Espero que a intenção do governo em promover a redução dos juros seja pra valer e não apenas um discurso de ano eleitoral (numa alusão às eleições municipais deste ano em todo o País)". Na avaliação do presidente do Núcleo Sindical do PSDB, essas questões não podem estar vinculadas ao casuísmo político.Antonio de Sousa Ramalho lembrou o pronunciamento feito por Dilma Rousseff, nas comemorações de 1º de Maio, dizendo que é sempre positiva a iniciativa de combater as elevadas taxas de juros praticadas no País. E questionou se a presidente terá força suficiente para "peitar os banqueiros". No seu entender, a cruzada do governo federal neste sentido só será efetiva quando os trabalhadores tiverem resultados concretos, em seus bolsos. Além da cruzada contra os juros altos, Ramalho defende também a redução da carga tributária. "Não adianta somente baixar os juros, é necessário reduzir também a carga tributária, que no Brasil é uma das maiores do mundo e corrói qualquer expectativa de crescimento sustentado e o salário do trabalhador", explica.

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