Sindicalista ameaçado de morte apela à ONU

Por Agencia Estado
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará, José Soares de Brito, ameaçado de morte por fazendeiros do sul do Estado, pediu hoje garantias de vida ao secretário Estadual de Defesa Social, Paulo Sette Câmara. O sindicalista também denunciou o fato à Organização das Nações Unidas (ONU), a quem pediu ajuda, apontando os nomes dos autores das ameaças. Ele já escapou de três atentados. Num deles, quando estava dormindo, teve a casa incendiada. "Os que desejam a minha morte são os fazendeiros Josélio de Barros Carneiro, Durval Ferreira, Duca Lopes, Décio José Barroso Nunes, o Delsão, e Lourival de Souza Costa, o Pirrucha", denunciou Brito. Os fazendeiros não foram encontrados no município para responder às acusações. Câmara ofereceu um policial civil e dois militares para acompanhar Brito dia e noite e tentar evitar que ele seja assassinado, como ocorreu com seu antecessor na direção do sindicato, José Dutra da Costa, O Dezinho, morto a tiros na porta de casa por um pistoleiro, no final do ano passado. "Os fazendeiros mandaram dizer, por várias pessoas, que eu serei morto a qualquer momento se as invasões de terra continuarem no município", contou Brito. Brito figura numa lista de 19 pessoas no sul do Pará marcadas para morrer, segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). "Se tiver de morrer eu morrerei em Rondon, mas não vou fugir nem abandonar a luta pela reforma agrária", resumiu o sindicalista.

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