Simon acredita que Regina agiu coagida

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Por Agencia Estado
Atualização:

O senador gaúcho Pedro Simon (PMDB), último a se pronunciar antes da declaração final de Arruda, ACM e Regina, seguiu a mesma linha de raciocínio de Roberto Freire. Afirmou ter a convicção de que Regina violou o painel por determinação de Arruda e tem responsabilidade nesse ato porque poderia ter se recusado a praticá-lo, mas tem como atenuante o fato de ter agido sob "coação´. Segundo Simon, Arruda será julgado da mesma maneira, independentemente de ter ou não agido para cumprir uma ordem de ACM. Na opinião de Simon, Arruda, como senador da República, é responsável pelos seus atos. Simon fez a ressalva de que o caso de ACM é diferente, porque, se ficasse provado que houve uma combinação dele com Arruda para violarem o painel, sua responsabilidade no caso seria ainda maior, por ser o presidente do Senado. Mas, de acordo com Simon, ACM tem responsabilidade por não ter tomado providências em relação à violação mesmo depois que chegou às suas mãos a lista, produto de uma fraude. Disse ainda que não acredita que ACM tenha destruído (como diz) a lista, que era a prova de um crime. Simon considerou grave também o fato de o próprio ACM ter ressuscitado o caso do painel na conversa com três procuradores da República, em meados de fevereiro. O senador gaúcho afirmou ainda que o Conselho de Ética deverá encontrar uma maneira de dar uma resposta à sociedade em relação ao episódio do painel. De acordo com Simon, a imagem do Congresso está muito maculada perante a sociedade. Ele observou ainda que alguns jornalistas, depois que a história do painel veio a público, alguns jornalistas o procuraram e fizeram considerações sobre a necessidade de se avançar mais nas investigações. Segundo Simon, esses jornalistas acham impossível que o presidente da República não soubesse das ações do então líder do seu governo no Congresso, José Roberto Arruda. "Graças a Deus que não apareceu nada que incrimine direta ou indiretamente o presidente Fernando Henrique Cardoso, porque , se aparecesse e se o Fernando Henrique entrasse num processo desses, nós teríamos que escolher um outro caminho, que é um caminho difícil...", afirmou Simon.

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