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Servidores federais ameaçam parar a partir de 10 de maio

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Por Agencia Estado
Atualização:

As entidades do funcionalismo anunciaram nesta terça-feira ao governo que rejeitam a proposta de reajustes diferenciados feita pelo Palácio do Planalto para 905 mil servidores do Executivo federal e ameaçaram iniciar um greve geral da categoria a partir do dia 10 de maio. Em resposta aos sindicalistas, os porta-vozes do governo prometeram fazer uma ampla campanha para convencer a base da categoria de que a proposta, de aumentos entre 7,12% e 26,13%, é ?boa? e não será mais modificada. ?O governo vai fazer um esforço grande de comunicação com a base dos servidores. Do ponto de vista econômico, foi nosso limite?, disse o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Segundo ele, a expectativa do governo é que a greve geral seja de ?baixo impacto?. E não afastou a possibilidade de retirar a proposta já feita como resposta à posição dos sindicalistas. Para os sindicalistas, o suposto endurecimento do governo já transparece uma concessão às pressões do mercado financeiro, que não aceita a flexibilização da política fiscal e econômica para o cumprimento das promessas eleitorais de Lula. ?A gente acha que o problema central da mesa de negociações é a política econômica. Mal negociamos com o governo e já vem uma recomendação contrária do J.P. Morgan?, disse o diretor da Federação dos Servidores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Vicente Neto. A assessora especial da Casa Civil, Sandra Cabral, nega, entretanto, que o presidente da República tenha cogitado de fazer concessões no ajuste fiscal para impedir uma greve. ?O presidente jamais transigiria nas finanças por uma ameaça de greve?, afirmou. O reajuste diferenciado deve ser pago apenas em junho, se for fechado acordo com os servidores, e custaria entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões ? apenas R$ 500 milhões a mais do que o previsto no Orçamento de 2004.

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