Servidores do INSS discutem hoje propostas do governo

Grevistas estiveram ontem com representante do Ministério do Planejamento

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reúnem-se hoje, em plenária nacional, para discutir as propostas do governo para a categoria. O encontro será realizado no auditório da Confederação dos Servidores Federais, sede da Federação Nacional dos Trabalhadores na Saúde e Previdência Social (Fenasps), em Brasília. A proposta do governo é manter, até fevereiro, a gratificação de 47,11% dos servidores. A partir de então, seria elaborado um plano de carreira para a categoria e criada uma gratificação variável entre 18% e 86%, dependendo do desempenho de cada funcionário. O comando da greve do INSS e representantes dos Ministérios da Saúde e da Previdência Social estiveram reunidos ontem com o secretário-executivo-adjunto do Ministério do Planejamento, Pedro Faria. Para os sindicalistas, no entanto, a proposta do governo não agrada a todos, já que troca uma gratificação fixa por uma variável. "Infelizmente não houve avanço", disse a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Denise Motta Dau. "O governo não nos apresentou nada por escrito, tampouco os critérios para analisar o desempenho dos servidores." O comando vai apresentar na plenária a sugestão de manutenção da greve, que deve ser encaminhada para todas as bases estaduais da categoria. Atraso - Os servidores do INSS estão parados desde o dia 8 de agosto, junto com servidores da Saúde, da Previdência e das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs). No fim do mês passado, processos de benefícios parados somavam 900 mil. O Ministério da Previdência Social estima em três meses o tempo necessário para recuperá-los. Quem precisa dar entrada em pedidos de aposentadoria ou pensão, em São Paulo, tem de esperar o fim da paralisação. Os beneficiários que estão enfrentando algum problema para receber o pagamento ou precisam de licença médica também têm dificuldade para reclamar porque a maioria dos postos do INSS está fechada. Os grevistas pedem 75% de reajuste salarial e abertura de concurso público para cobrir o déficit de funcionários, que seria de 18 mil em postos do INSS em todo o País.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.