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Servidores de Alagoas fazem passeata contra violência

Centenas de manifestantes percorrem orla de Maceió com faixas, cruzes e cartazes

Por Ricardo Rodrigues
Atualização:

Com bandeiras, faixas, cartazes, panfletos e cruzes - simbolizando as mortes de trabalhadores no campo e na cidade -, centenas de servidores públicos, trabalhadores rurais sem-terra e profissionais liberais de várias categorias caminharam pela orla de Maceió, neste domingo, 28, para protestar contra a violência, a impunidade, o crime organizado e a "inoperância" do governo do Estado.   A passeata marcou também a passagem do Dia do Servidor Público, com um dia de protestos contra o sucateamento do serviço público, que passa por uma das maiores crises da história de Alagoas. Desde o início do ano, as principais categorias - educação, saúde e segurança pública - estão ou estiveram em greve.   No trajeto do Alagoinha, na Praia de Ponta Verte, até o Posto Sete, no final da Praia de Jatiúca, vários oradores fizeram uso da palavra para, com a ajuda do carro de som, denunciar a omissão das autoridades na punição dos crimes políticos e exigir a federalização dos crimes de mando,da pistolagem em Alagoas.   "Há onze anos, no dia 28 de outubro de 1996, mataram Silvio Vianna, no dia do servidor público. Logo ele que era um servidor exemplar, tombou no exercício do cargo, morreu porque ousou enfrentar os poderosos. Por isso, estamos aqui participando desse ato histórico de protesto contra a violência e a impunidade em Alagoas", afirmou o juiz Marcelo Tadeu, durante a passeata.   À frente do protesto, coordenadores dos movimentos sociais carregavam cruzes, simbolizando as mortes de trabalhadores do campo e da cidade. Um mini-trio-elétrico anunciava os nomes das vítimas dos crimes de pistolagem no Estado, entre eles os assassinatos do tributarista Silvio Vianna, do professor Paulo Bandeira e da deputada federal Ceci Cunha, cujos mandantes continuam soltos.   No trajeto, os manifestantes paravam nos sinais de trânsito e exibiam cartazes com os nomes das vítimas da violência. "Além da questão da violência, essa manifestação é um protesto dos servidores públicos, de várias categorias em greve, contra o governo do Estado, que tem sido insensível e truculento às reivindicações dos trabalhadores", afirmou o presidente da CUT/Alagoas, Isack Jackson.

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