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Servidores da Cultura suspendem greve, mas querem proposta

Fim da paralisação em definitivo só acontece após reunião com representantes do Ministério do Planejamento

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Por Redação
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Depois de mais de dois meses de greve, os servidores da cultura voltaram ao trabalho - a princípio, temporariamente. Nesta segunda-feira, 30, eles irão se reunir com representantes do Ministério do Planejamento, que se comprometeram a apresentar uma proposta para que os funcionários suspendam a paralisação em definitivo. No Rio, a Biblioteca Nacional, uma das principais instituições federais da cultura, funcionou ontem normalmente.   O comando de greve decidiu interromper a greve por dez dias porque o secretário de Recursos Humanos do ministério, Duvanier Paiva, assinou um termo de compromisso em que garantiu que irá apresentar uma proposta aos grevistas durante este período. Jorge Paixão, integrante do comando, disse ontem que esperava que a proposição fosse feita já no encontro desta segunda, em Brasília.   Ele ressaltou que o fato de os trabalhadores terem cedido agora não significa que irão aceitar qualquer oferta. "A contraproposta será discutida pela categoria em todo o País. Se ela for feita amanhã (hoje), teremos assembléia já na semana que vem, para avaliarmos", explicou. "Estamos otimistas; precisamos estar. Mas é claro que temos pé atrás. Em 2004, o governo também assinou termo de compromisso, mas não cumpriu."   Os cerca de 2.300 servidores não abrem mão de três pontos de suas reivindicações: o plano de cargos e salários - aprovado pelo Ministério da Cultura em 2005, mas nunca implementado, por conta da posição contrária do Planejamento -, reajuste salarial e paridade entre ativos e inativos.   A categoria parou no País inteiro no dia 15 de maio; desde então, todos os museus e instituições federais ficaram cerrados ao público (um dos objetivos dos grevistas era sensibilizar o governo federal quanto ao fechamento durante os Jogos Pan-Americanos, que trouxe muitos turistas no Rio). De acordo com avaliação do comando de greve, a adesão foi quase total.   No último domingo, pesquisadores e estudantes voltaram à Biblioteca Nacional. O historiador Vitor Bemvindo, que apóia a mobilização, aproveitou a suspensão para pesquisar para um artigo que tem de escrever. "Vim logo no primeiro dia. A reivindicação deles é justa". Os museus não abriram porque só funcionam a partir de terça-feira.

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