PUBLICIDADE

Servidor da Câmara distribui panfletos contra Dilma na CPI da Petrobrás

Com crachá da Casa, servidor disse estar a serviço do movimento Brasil Livre, um dos responsáveis por organizar as manifestações de 15 de março e do próximo domingo, 12

Por Daniel de Carvalho e Daiene Cardoso
Atualização:

Brasília - Um homem com crachá de servidor da Câmara dos Deputados distribuiu na manhã desta quinta-feira, 9, no plenário da CPI da Petrobrás dois panfletos críticos ao PT e à presidente Dilma Rousseff. Não foi possível identificar o servidor, que disse estar a serviço do movimento Brasil Livre, um dos responsáveis por organizar as manifestações de 15 de março e do próximo domingo, 12.

PUBLICIDADE

No primeiro papel, diante de um fundo roxo há uma montagem do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que prestará depoimento nesta manhã. Na imagem, Vaccari aparece vestido como uma senhora idosa erguendo o dedo do meio. No material, há ainda uma frase da presidente Dilma: "Ela (a corrupção) é uma senhora bastante idosa em nosso País, tanto que não poupa ninguém (...) O dinheiro tem esse poder de corromper".

No outro panfleto, verde, com a logomarca da Petrobrás e do óleo para automóveis Lubrax, há os textos "Fórmula 171", em alusão ao número do artigo do Código Penal que versa sobre estelionato. O folder também diz "Lubrifica a corrupção, caixa 2 e a propina".

Panfleto foi distribuído por um homem que disse estar a serviço do movimento Brasil Livre Foto: Daniel Carvalho/Estadão

Abaixo do texto, aparecem vasilhames do óleo com fotos de Dilma, de Vaccari, da ex-presidente da Petrobrás Graça Foster, e do ex-diretor de Engenharia e Serviços da Estatal Renato Duque, um dos acusados de desvios na empresa. Dilma aparece vestida com uma máscara de madeira e com um macacão da Petrobrás com uma estrela do PT manchada de óleo.

Vaccari é apontado como um dos operadores do esquema de arrecadação de propina na Petrobras. Pelo esquema desvendado na Operação Lava Jato, PT, PMDB e PP arrecadavam 1% a 3% em contratos da estatal. O PT ficava com 2% de todos os contratos via Diretoria de Serviços. Segundo a Polícia Federal, Vaccari operava em conjunto com o ex-diretor Renato Duque e com o ex-gerente da área, Pedro Barusco.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.