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Serra promete mudança 'radical' no sistema de alvarás

Candidato tucano reconheceu falhas da atual gestão, que tem enfrentado escândalos de propinas envolvendo shoppings centers

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Por Redação
Atualização:

Depois de ouvir denúncias de donos de bares e restaurantes sobre corrupção na concessão de licenças de funcionamento em São Paulo, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, prometeu uma mudança "radical" no sistema de alvarás do município. Serra reconheceu falhas da administração atual da cidade, comandada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), seu aliado.

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"Vamos ter que fazer uma coisa muito radical nessa área. Eu sou propenso a medidas radicais diante de problemas crônicos. Quando um problema vira permanente, você tem que fazer algo bem forte", afirmou, depois de um encontro com representantes do sindicato patronal de bares, restaurantes e hotéis.

Os autores das denúncias não quiseram se identificar. Eles fizeram críticas à estrutura das subprefeituras depois que Serra, em seu discurso, afirmou que "a estrutura burocrática cria dificuldades para vender facilidades".

A gestão de Kassab enfrenta um escândalo de denúncias de cobrança de propinas para a concessão de licenças para empreendimentos imobiliários residenciais e shopping centers.

O sindicato criticou a fiscalização da Lei do Silêncio pela prefeitura, afirmando que os estabelecimentos são prejudicados por falhas dos funcionários do município na medição do barulho. O candidato do PSDB também ouviu pedidos de combate ao comércio ambulante de alimentos, e de manutenção da permissão de fumar em calçadas e varandas de restaurantes.

Propostas. No encontro, Serra propôs a criação de quatro museus temáticos em São Paulo como forma de impulsionar o turismo na cidade: o Museu do Automóvel, o Museu da Moda, o Museu da Canção Brasileira e o Museu da Gastronomia.

O candidato também destacou projetos de ampliação do ensino técnico para formar trabalhadores do setor de serviços.

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Mensalão. Serra disse que espera um julgamento "efetivo" do processo do mensalão, que começa na próxima quinta-feira, 2, no Supremo Tribunal Federal. O tucano evitou citar resultados possíveis sobre o caso, que tem réus ligados ao PT e ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Espero que seja um julgamento efetivo, que é o que o Brasil inteiro espera", disse. "Ninguém está pré-condenando, pré-julgando ninguém, mas que tem problemas, tem. Então vamos ver o que acontece."

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