O ex-governador José Serra e o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidatos do PSDB ao Senado e à reeleição, respectivamente, pediram nesta quinta-feira, 29, a trabalhadores da construção civil que mantenham a esperança em torno da vitória do candidato do partido à Presidência, Aécio Neves, que foi ultrapassado no segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto pela rival Marina Silva (PSB).
Os tucanos disseram que há muita campanha pela frente e que uma vitória de Aécio na disputa para presidente depende do esforço da militância.
Em cima de um carro de som estacionado em frente ao canteiro de obras de um condomínio na zona oeste da capital paulista, Serra relembrou viradas de posição em campanhas eleitorais. E chamou a militância para trabalhar pela eleição de Aécio Neves. “O resultado depende de nós”, afirmou. Ao lado dele estavam Aécio, o candidato a vice-presidente na chapa tucana, Aloysio Nunes Ferreira, o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD) e Alckmin.
‘Fotografia’. Serra lembrou a eleição de 2002, quando foi candidato a presidente da República pelo PSDB e o deputado Paulo Pereira da Silva, na época filiado ao PTB, era candidato a vice na chapa de Ciro Gomes. “Em 2002, 40 dias antes, você (Paulinho) realmente estava em primeiro e eu estava em quarto e aí eu fui para o segundo turno e vocês ficaram em quarto”, lembrou. “Esse dado do Paulinho é interessante para gente avaliar toda essa questão de pesquisa. Pesquisa é uma fotografia, não é um filme.”
Na pesquisa Ibope divulgada esta semana, Aécio aparece em terceiro lugar, com 19%, enquanto Marina tem 29% e a presidente Dilma Rousseff (PT) tem 34%.
“Muita coisa ainda vai acontecer. Tem um enorme tempo político. O tempo político que vai ter daqui até a eleição é muito maior do que 40 dias”, discursou Serra. “Portanto, vamos continuar nossa mobilização porque o resultado depende de nós. Se a gente acha que pode ganhar, vamos trabalhar para isso, nós ganhamos. Isso é que é a realidade.”
Alckmin também reforçou o discurso de Serra sobre ter esperança. “Eu queria trazer uma palavra para dizer o seguinte: política é esperança. Nós estamos aqui para melhorar, para trabalhar”, disse o governador. “O Aécio é da escola do Juscelino Kubitschek, de quem revolucionou o emprego, a indústria, o desenvolvimento, abriu oportunidades para o Brasil poder avançar. Estamos aqui para dizer esperança. E o nome da esperança é Aécio Neves presidente do Brasil”, disse, ao final de um discurso repleto de críticas ao baixo crescimento do País no governo Dilma.
Correligionários presentes no ato também convocaram a militância a buscar os votos de eleitores que atualmente votariam em branco ou nulo.