Serra minimiza chance de 2º turno com subida de Marina

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O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, minimizou hoje o impacto de um eventual crescimento da candidatura de Marina Silva (PV) na reta final da campanha, que pode levar a disputa para o segundo turno. "Ninguém está aí para ajudar o outro e eu jamais cometeria qualquer tipo de desrespeito contra eles (outros candidatos), pois todos terão a chance de disputar. E cada um está aí para ganhar", disse Serra, durante visita a cidade de Santo Carlos, no interior paulista. Na última pesquisa DataFolha, divulgada ontem, Marina subiu de 11% das intenções de voto para 13%, com margem de erro de dois pontos porcentuais.Serra classificou como "factóide" o manifesto divulgado por uma ala do PMDB de São Paulo, que apoia o PSDB no Estado, a favor de sua adversária, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT). "Isso é um factóide para a imprensa pegar e não tem importância eleitoral nenhuma", afirmou o tucano.O candidato também se disse contrário ao pedido feito hoje pelo PT ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que o eleitor não tenha de apresentar obrigatoriamente o título e um documento oficial com foto para votar. "A lei é lei. Acho importante ter a foto", afirmou Serra.Ao comentar o ato de protesto contra a cobertura das eleições feita pela imprensa, Serra subiu o tom, dizendo que era uma tentativa de se fazer "a ditadura sobre a imprensa". "Esse pessoal não quer liberdade de imprensa para não denunciar as maracutaias, as irregularidades e a Bolsa-Família da Erenice", afirmou ele, ao referir-se as denúncias de irregularidades que levaram a demissão da ex-ministra Erenice Guerra do comando da Casa Civil.ProtestoSerra chegou a São Carlos com duas horas de atraso, vindo de Diamantina (MG). Na cidade paulista, um tradicional reduto petista, o candidato tucano fez uma breve caminhada pela região central em companhia de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato ao governo do Estado. Enquanto tomava café no mercado municipal da cidade, grupos de manifestantes ligado ao PSTU estenderam uma faixa com os dizeres: "Serra mente para o povo. Educação pede socorro". O grupo foi vaiado por correligionários do tucano, mas não houve conflito.

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