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Serra foi um leão, ele fez o que poderia fazer’, diz Aécio Neves

Para o senador eleito, o próximo presidente, independentemente de quem for, terá que 'pacificar o País'

Por Eduardo Kattah e Marcelo Portela - O Estado de S. Paulo
Atualização:

BELO HORIZONTE - Após votar em uma escola estadual na zona sul da capital mineira, o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB) elogiou a determinação do candidato tucano, José Serra, na eleição presidencial. "O Serra foi um leão, foi um lutador. (Para) Quem acompanhou mais de perto, o seu esforço pessoal, físico, foi enorme. Ele fez o que poderia fazer. É claro que depois que termina uma eleição, você sempre encontra problemas que ocorreram aqui, acolá. Mas eu acho que o saldo final é muito positivo", disse Aécio.

 

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O ex-governador disse ainda que o colega tucano "defendeu com brio, com vigor" as propostas do partido e o seu "campo político".

 

Aécio deixou a Escola Estadual Governador Milton Campos afirmando que até o último momento acredita em uma "surpresa" e na eleição do correligionário. "Fizemos nosso dever de casa. Apoiamos Serra com todo entusiasmo, com toda seriedade e firmeza que poderíamos. Agora, a decisão é do eleitor."

 

Críticas a Lula

 

Acompanhado do governador reeleito Antonio Anastasia (PSDB), Aécio afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contribuiu para o acirramento dos ânimos e dificulta o entendimento ao atacar o candidato tucano, José Serra.

 

Depois de votar, Lula afirmou que "Serra sai menor dessa eleição", mesmo tipo de análise que o próprio Aécio havia feito em relação ao presidente há cerca de uma semana. Para o senador eleito, o próximo presidente, independentemente de quem for, terá que "pacificar o País" e Lula prejudica essa missão.

 

"Acho a colocação desnecessária. A campanha acabou e é preciso agora que todos nós tenhamos disposição e generosidade de construir os consensos e conversarmos. Não acho que essa declaração contribua para esse clima. Acho uma declaração desnecessária num momento em que se encerra a votação no País", ressaltou.

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Também fez críticas às pesquisas eleitorais - "Os erros foram em níveis que eu jamais vi" - e sugeriu que os institutos contratados por veículos de comunicação sejam impedidos de realizar levantamentos para candidaturas e coligações. Caso Dilma Rousseff (PT) seja eleita - como indicam as pesquisas -, ele disse que espera que a petista "não governe para um grupo político" e tenha com Minas uma relação republicana.

 

"Espero que o Serra seja presidente. Mas se vencer a Dilma, merecerá o nosso respeito. Espero que ela tenha com Minas Gerais uma relação republicana. A nossa democracia já está suficientemente amadurecida para garantir ao governante as condições de governar para todos. Espero que ela não governe para um grupo político se ela vencer as eleições."

 

Para Aécio, contudo, "a força política de Minas" garantirá a continuidade de parcerias importantes com o governo federal caso Dilma vença. "Como eu tive com o próprio presidente Lula durante oito anos", salientou.

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