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Serra e Marta comparecem ao velório de Celso Furtado

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Por Agencia Estado
Atualização:

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e o prefeito eleito José Serra se encontraram neste sábado à noite no velório do economista Celso Furtado, no Rio. Ela estava acompanhada do marido Luis Favre e Serra chegou com o deputado federal Alberto Goldman (PSDB-SP). Os dois conversaram por alguns momentos. Para a prefeita, Celso Furtado "era um grande pensador econômico; uma pessoa que pensava em propostas para países em desenvolvimento". Ela lembrou que nos anos 70, numa palestra na Universidade Sorbone, em Paris, o economista ele perguntado qual o grande o movimento social do século 20. "Para surpresa da platéia, ele disse que foi o Movimento de Libertação da Mulher", disse Marta. Lessa arrasado O ex-presidente do BNDES Carlos Lessa também esteve no velório. Mais cedo, leu uma mensagem que recebeu do economista na última terça-feira e que só chegou neste Sábado às mãos dele. Na carta, Celso Furtado encorajava Lessa a suportar as pressões para sua demissão, que acabou sendo concretizada na quinta-feira. Na mensagem, Furtado dizia que tomou conhecimento tardiamente "da pressão que está sendo exercida sobre você para levá-lo a abandonar os ideais que unem as nossas gerações". "Estou certo de que você conduzirá a bom porto a luta pela defesa dos interesses nacionais. Receba o abraço e a solidariedade de Celso Furtado". Amigo de Furtado ao longo dos últimos 42 anos, Lessa se considera um discípulo do economista. A convivência começou quando Lessa foi professor do primeiro curso da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que Furtado ajudou a fundar. "Estou arrasado. Celso Furtado era em síntese um brasileiro, com ´b´ maiúsculo, que andou pelo mundo inteiro e nunca se esqueceu que era brasileiro do interior da Paraíba", disse pouco depois de saber da notícia da morte do amigo. Nordestinidade Lessa disse que não tinha conhecimento da versão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria conversado com Furtado sobre seu desligamento do BNDES. "Não sei disso", limitou-se a comentar. Para ele, entre Lula e Furtado há "denominadores comuns espantosos". Na visão do ex-presidente do BNDES, Lula e Furtado são nordestinos, que fizeram carreiras estelares, com a diferença que o economista era um rapaz da elite e o presidente "é do povão". "Ambos passaram a ser universais com esta nordestinidade", afirmou. "O sonho de Celso Furtado era de que o Brasil passasse a ser uma nação plenamente desenvolvida e justa socialmente. Estou convencido que é o mesmo sonho de Lula", afirmou.

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